A pedido de vários namorados e maridos, voilá: o guia de conversação rápida sobre futebolidade, feito por mulheres reais para a mulher real – você, eu, a dona Ermelinda da mercearia e todas aquelas cujo entendimento de bola não vai além dos penteados do Ronaldo.
Depois de um exaustivo trabalho de investigação digno de National Geographic, eis as conclusões:
1. O jogo dura mais ou menos um corte com brushing.
2. São 22 matulões em campo. Dispõem-se em campo na forma de indicativo telefónico da margem sul – 4-4-2, 4-3-3, etc. Todos têm uma relação difícil com a saliva (escarram-na) e ostentam o universalmente aclamado “cabelo à foda-se”. São permitidas 3 substituições. Quando trocam, os jogadores dão um tau-tau na nalga um do outro. E não é considerado gay porque bola é de macho
3. As cores do uniforme da selecção nem sempre correspondem às da bandeira, é uma maçada perceber quem é quem.
4. A repetição na TV não conta como golo extra no marcador
(eu sei, também fiquei surpreendida)
5. Mal pisa a relva o jogador comum sofre de Tourette. O palavrão e a indelicadeza são porém castigados com cartolinas de dois pantones: o magenta (muito em voga este Outuno) e o amarelo-canário.
6. Quando a bola sai, os jogadores atiram-na para dentro à mão. Aí confirmamos que ao contrário de nós eles não têm aquelas “banhas do adeus” a badalar no braço
7. Antes de o guarda redes marcar pontapé de baliza os adeptos da equipa adversária entoam a sílaba “fi”, de forma continuada, leia-se “fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.” Depois insultam a mãe dele, e sentem-se uns campeões.
8. Por insólito que pareça, há homens que conseguem alçar a perna a uma altura superior à sua cintura (um exercício, de resto, revelador de uma flexibilidade sobrenatural, que eu achava que nenhum homem que não fosse professor de Pilates seria capaz de perpetrar). No futebol quando isto acontece chama-se “pé em riste” ou “jogo perigoso”, e é falta.
9. Às vezes acontece, no futebol como em tantas ocasiões do lar, que o homem é precoce naquilo que leva a cabo. No futebol, ser precoce é estar mais à frente que os defesas da equipa contrária no momento do passe, e chama-se fora de jogo. (mas ainda que “fora” isto acontece dentro da relva, atenção)
10. Às vezes acontece, no futebol como em tantas ocasiões do lar, que o homem tem falta de pontaria naquilo que leva a cabo. No futebol isto acontece quando um gandulo da equipa adversária vem a toda a velocidade e, em vez de cortar a bola, decepa um par de pernas. Para além de homicídio, é falta.
A ignorância já não é desculpa a partir de hoje.
De nada!
e eu que pensave também que a repetição na tv contava como golo extra… querer ser intelectualóide tem destas coisas… ~Será verdade ou mentira???
Adoro!! 🙂