. Hoje andei tanto, tanto a pé que para voltar tive de fazer 10 paragens de Metro para trás. Uma pessoa acha que é já ali porque está tudo à vista, mas depois são 5 anos e meio a calcorrear alcatrão até lá chegar. Podia ser o início de uma linda história sobre como voltei a ficar fit e saudável em Paris, a cidade do amor (próprio?)… Mas a verdade é que pelo caminho varri 1 crepe com Nutella, 2 sandes, 1 balde de vinho quente, 1 cachorro-quente com uma salsicha de tamanho pornográfico e um sacalhão de churros mergulhados em, adivinhem, Nutella. Foi amor verdadeiro o que senti.
. Já assassinei o francês com estas frases: “Oú est le restroom?” “Era um vinho chaud, si vous plait” “Il y a des lavabôs ici? ” “Le cuenta, porre-fa-vou-rre” “Ça salsiche es bonne ou ça autre es mejor?”
. A expressão facial do parisiense comum é a de ter acabado de beber um litro de leite azedo. Sempre. Ri-se assim. Não sei se é porque está sempre um barbeiro do catano, se é porque ele parece gostar tanto de turistas como de furúnculos no rabo.
. Um dia alguém pensou: “Vou construir aqui o edifício mais majestoso de sempre.” E outro ao lado ouviu isto e disse: “Tás parvo puto?! O MEU edifício é que vai ser o mais majestoso e imponente.” E outro que estava a passar parou de repente e disse, indignado “vocês são loucos, só por causa disso vou construir aqui mesmo o maior e mais belo edifício que a Humanidade já viu….” (…) E assim sucessivamente, numa competição de tamanho de pilinhas deste género, terá nascido Paris, em todo o seu esplendor. Pelo menos é a minha teoria.
Enfim, estou apaixonada. Com as pernas em gangrena e os pés a latejar, mas apaixonada.