Depois de 2 meses sem ir.
Gostava só de dizer que hoje, dois dias depois, ainda tenho os músculos feitos em papa Maizena. Não consigo levantar o braço para o champô. Só consigo elevá-lo até meio, tipo T-Rex, e depois dou-lhe uns tabefes trôpegos para ele me cair nas mãos.
Tenho as coxas e os abdominais em carne viva. Andar dói, respirar fundo dói, subir escadas dói – cada degrau, cada “aaiii” que solto – espirrar dói, conter o espirro dói ainda mais. Viver dói, de resto.
Vou a casas-de-banho públicas e o hercúleo esforço muscular para não tocar em nada deixa-me num twerking desenfreado de tremores involuntários.
Entrar no carro faz sofrer as catacumbas do meu ser, e só consigo fazê-lo a velocidade de idoso, apoiada nos dois braços para distribuir a dor pelas aldeias. Mudar de mudança faz doer o gémeo esquerdo, travar faz doer o direito. Bom bom era ter precavido isto com um T2zinho em Alfama para vir sempre a descer e em ponto morto.
Ziguezaguear com o rato para publicar este post também dói. Mas o caminho até chegar a casa e me besuntar com uma camada de 3cm de Voltaren dos pés à cabeça vai doer ainda mais.
Enfim, tudo isto é de uma enorme dignidade.
Mas pronto, só me faltam praí mais 289 idas para superar aquela fase inicial em que se fica dorido.
É um tirinho.
Na minha tola.