1. Começar com uma lista de 35 fêmeas 3 meses antes mas chegar à última semana e receber 28 cortes de última hora e ficar com uma média de 5 quartos vazios por 1 pessoa, para ela ficar à larga e poder esparramar-se bem.
2. Nunca conseguir agradar a gregas e troianas, porque ou é demasiado perto de Lisboa ou é demasiado longe de Lisboa.
Só se for tipo… num barquinho matematicamente atracado ao centro do rio Sado, e aí é justo, tranquilo e favorável para todas.
3. Passar o tempo todo a forçar o grupo a divertir-se ao máximo, criando em simultâneo uma seita de atenção completamente obsessiva à volta da noiva, que deixa de ser pessoa para ser um ventríloquo operado por madrinhas, que por sua vez gritam “VIVA A NOIVA” em vagas de 8 em 8 minutos. Nunca pode haver tempos mortos, mesmo quando a malta só quer conversar nas calmas, parar é morrer, vai um desafio para a noiva, agora uma sessão fotográfica com 13816 poses, agora MARGARITAS para TODAS arriba arriba, agora um jogo para beber, agora um questionário sobre noivo, agora tudo com pilas na testa a cantar na rua, agora a noiva adormeceu de exaustão, dispara o canhão de confettis no ouvido dela! (cansei-me só de descrever esta estafadeira)
4. Há toda uma pressão para se estar na medida certa de embriaguez. Se estamos demasiado sóbrias, somos uma seca e levamos um corretivo da madrinha. Se estamos demasiado embriagadas, destabilizamos os índices de atenção da noiva e levamos um corretivo também. Se estamos com uma enxaqueca do catano levamos um corretivo e ainda uma conspiração sobre a possibilidade de estarmos a fazer fita porque, na verdade, somos uma seca.
5. No final, testemunhar recordes olímpicos de forretice ao receber aquele email clássico: “ainda nos devem todas 4 cêntimos do bouquet de pirilaus e 8,5 cêntimos da Sagres Mini que oferecemos à noiva. NIB: 0035….
Enfim, quem nunca?