Comprar um par de calças de ganga hoje em dia é um granel.
O simples facto de contemplar aquelas prateleiras de loja com 387 tipologias para 387 tipos de corpo é dissuasor por si.
Senão vejamos a quantidade de decisões que nos obrigam a tomar:
Cintura High ou Low?
Prefiro ficar tipo ampulheta com o rabo a parecer a parte de trás de um Mini ou mandar uma espreitadela de rego ao mundo cada vez que me sento?
Modelo Skinny ou Slim?
Err…Não terão por acaso modelos mais fiéis à verdade de 99% da população feminina? Um befe portentoso como este enfiava-se melhor num modelo Roliçy
Efeito Shaper, Push-up ou Super-Strech?
(*fecho o último botão sem respirar, sinto-me uma top model durante 5 segundos no provador, até deixar sentir os pés porque estão a gangrenar com a falta de circulação, solto a respiração de repente e o botão sai disparado, saio do provador de cara baixa, entrego o modelo à senhora e piro-me dali antes que ela veja os estragos)
E agora a moda das Trashed e Ripped.
Que é o mesmo que comprar um par de calças normais, besuntá-las de banha de porco, atirá-las para um canil de dobermans, e no fim achar cool tapar o corpo com as ripas que sobram, pagando à mesma 40€.
E tipo… o que é isto das Boyfriend Jeans?
Não achamos este conceito de roubar as calças ao namorado um pouco bizarro? E ele, como é que fica? Tem de estrafegar-se para dentro das Girlfriend Jeans, naquela de não sair nu? E daí se calhar já podia concorrer ao Love on Top.
E depois, as minhas preferidas: “Mother Jeans”.
Porque o nosso sonho é vestir-nos como as nossas mães. Já agora não vendem chumaços por atacado e casaquinhos de malha para “levar pelos ombros”?
Jeans normais, voltem.
Não deixemos que à conta disto a sociedade se converta toda às leggings.