Terramoto de 1755, és tu?

Estou no local de trabalho. Começo a sentir um tremor interior. A caneta em cima da mesa começa a vibrar. O ecrã do PC começa a abanar e fica difícil focar as letras no ecrã. O copo de água na secretária começa a formar círculos à tona, tipo Jurassic Park.
Penso em Richter. Se calhar é 1755 all over again e isto vai tudo abaixo. Penso que é pena agora que já estava boa do polegar. Penso nos rumores de as baratas serem as únicas sobreviventes em caso de apocalipse e que, a ser verdade, é alto bug n’A Criação, literalmente, porque são rastejantes nojentos e se era para isso havia outros melhores, tipo os louva-a-Deus que são elegantes ou as formigas que são trabalhadoras e voltavam a pôr isto de pé num instante.
Palavra de ordem: sobrevivência. Abrigo. Ombreira da porta (sempre me disseram que era seguro nas simulações anti-sísmicas, agora que penso nisso parece ser uma ideia de merda). Quarentena. Água. Enlatados…

…mas afinal é só aquele colega que não consegue parar quieto com as pernas.

Todos temos um assim, que somatiza stresses, ansiedades e até o glúten do pequeno-almoço em tremores de pernas.
Da barriga para cima está sossegado, da barriga para baixo parece que está a lutar com Satã.
E nisto, tem o condão de pôr todas a as secretárias num raio de 1km a tremer com ele, deixando os colegas sãos a indagar se será telemóvel a vibrar, quebra de tensão ou Lisboa prestes a dar posse a um viveiro de baratas.

A todos vós, um pedido do coração: parem, sff.
Já é difícil o suficiente acordar cedo para trabalhar.
Grata.

Um Comentário Add yours

  1. Cris diz:

    O pior é a negação, “não estou a fazer nada”

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