Questões que corroem por dentro

Porque é que há pessoas que quando partilham posts de outros no Facebook o fazem com um inexplicável sentimento de culpa, como se estivessem a cometer um crime ou a mostrar as mamas?

“Tive de partilhar!”
“Posso roubar?”
“Nem sou destas coisas, mas esta teve de ser!”
“Aiiii não resisti!”
“Ainda me algemei à cama mas rebentei os punhos todos e consegui partir a cabeceira que por acaso era cerejeira e faz pena porque era madeira boa e já estava há muitos anos na família foram os meus sogros que mandaram vir de Paços de Ferreira como presente de casamento e agora não tem arranjo porque o único carpinteiro que eu deixava pôr as mãos nisto faleceu o ano passado vítima de patite – mas tive mesmo, mesmo de partilhar.”

Malta, não é crime partilhar posts no Facebook.

Só quando são citações pirosas em estrangeiro.
Ou selfies a mostrar o rego do mamaçal.
Ou excertos do Pedro Chagas Freitas.
Ou a centésima nona foto do “bebezicas windo”, que por acaso parece um roedor albino.
Ou o hoje-é-o-dia-de-qualquer-coisa-inútil-que-nos-faz-sentir-especiais da Rádio Comercial.
E…
Espera, se calhar é melhor pôr isto num excel.

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