A única conclusão que tiro nesta terça-feira de manhã é esta:
aos 30 anos, beber álcool não compensa.
Uma pessoa diverte-se e tal, sim senhor, mas abusar aos 30 não é o mesmo que abusar aos 20. Por várias razões:
. Primeiro, porque já não temos idade para fazer misturas assim à toa. No início da noite até fingimos que vamos fazer uma gestão táctica do que ingerimos, pensamos bem na reacção química da coisa, planeamos um roteiro de bebidas que casem bem – cerveja + whiskey ou sangria + gin – e tudo indica que vamos ter uma saudável narsa ascendente…. Só que na prática claro que acabamos a beber shots de jagger e pénaltis de tequila (“trincar o limão é para pussys!”) e o nosso fígado fica a dançar o Créu.
. Segundo, porque já chegámos a uma tenra idade em que somos mamíferos de rotinas, por isso não importa se chegámos a casa às 8h com uma chiba daquelas que fazem da cama um carrosel – às 11h estamos de pestana aberta. Zombies até ao último pêlo, mas o nosso biorritmo é um verdadeiro funcionário público, qual máquina cumpridora de horários. Podem tirar o corpo da rotina, mas não podem tirar a rotina do corpo, biátches.
. Terceiro, porque as ressacas duram 3 a 4 dias. Sendo que o primeiro implica ficar de cama, a bebericar tremulamente uma coca-cola, enquanto se tenta aguentar uma côdea de pão no estômago sem bolçar. (admitam: todos conhecem o sabor da vossa bílis).
Aos 30 anos, não há dignidade nenhuma no álcool.
Mas isto é o que todos dizem na primeira metade da semana.
6ª-feira falamos, malta!
É triste é! E poucas horas de sono também é o diabo aos 30.
Temos de compensar com álcool de mais qualidade em menor quantidade 😉