1. Aqueles senhores-armário, musculosos e sem pêlo, que vivem no ginásio e soltam sons guturais tipo “Oooohhh” e “UUUhhhhh” enquanto levantam peso, para o mundo saber como é que o macho ruge;
2. Aquelas pessoas nas passadeiras que querem mesmo é ficar na palheta e nós só queremos que elas faleçam para não termos de desperdiçar nem uma baforada da nossa caixa torácica a explicar que…nem temos fôlego…..para respirar… quanto mais….para conversar
3. Aqueles solícitos personal trainers que vêm corrigir a forma de fazer os exercícios quando nós queríamos mesmo era aldrabar;
4. Aquele momento em que nos sentamos na máquina e nem sabemos se é para braços ou pernas; seguimos o croqui e acabamos a fazer o pino-ponte numa posição anatomicamente impossível;
5. Aquele momento em que o professor grita barbaridades como “põe mais peso” ou “aguenta até ao fim” e nós insultamo-lo em pensamento, a ele e à mãe dele;
6. Aquele momento em que olhamos ao espelho e percebemos que devemos ter 87% do sangue nas artérias da cara, a avaliar pelo tom magenta-vivo do pescoço para cima;
7. Aquele momento em que vamos ajustar o peso da máquina e percebemos que a pessoa que lá estava antes levantou mais 80kg do que nós; com o músculo da VIRILHA, por sinal. Olhamos à volta à procura do extraterrestre na sala;
8. Aquele momento depois do banho em que nos pesamos à espera de constatar uma perda tremenda – só pode, depois do que suámos – mas o ponteiro continua estático no mesmo sítio. Concluímos que é do cabelo molhado, da toalha e dos chinelos, que acrescem no mínimo 4 kilos;
9. Aquele momento em que senhoras de todas as idades e feitios andam pelo balneário totalmente em pelota, com maminhas a badalar e partes pudendas ao léu, a conversar na maior sobre os glúteos do professor;
10. Aquele ainda mais temeroso momento em que as aulas acabam e chega um arrastão de mulheres nuas ao mesmo tempo; e o balneário fica subitamente apertado, e elas aproximam perigosamente as péis nuas do nosso espaço vital, e nós queremos fazer um kamehameha naquilo tudo.