As 8 regras da Etiqueta Social do Peido – Parte II

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A pedido de várias famílias, aqui está ele. O Manual de Etiqueta Social do Peido, para acabarmos com este flagelo anal-retentivo e podermos todos largar-nos em público com elegância e decoro.

São 8 regras, bem fáceis de cumprir:

1. Antes de flatular, verifique para que lado está o vento, em primeiro lugar, e se há alguém nessa direcção, em segundo lugar. O seu befe é a sua rosa-dos-ventos.

2. Assim que sentir a bolha gasosa a viajar pelos subterfúgios anais em direcção à saída faça uma análise SWOT. Entenda as forças e fraquezas da situação em que se encontra – está ou não acompanhado, será inodoro ou daqueles mortíferos, consegue ou não silenciá-lo – e saiba detectar as oportunidades para o expelir no momento certo – um repentino ataque de tosse, um eventual arrastar de móvel, um bocejo barulhento  –  bem como as ameaças de o deixar escapar sem um plano de resgate.

3. Evite espaços fechados como o elevador. No primeiro andar até pode parecer que está a sós, mas uma característica típica dos elevadores é a locomoção, e quando chegar ao segundo andar a recepcionista que entrar vai ter de inalar o seu traque ainda fresco. O que nos leva ao próximo ponto:

4. Nunca flatule num recinto onde só estão duas pessoas. Porque é mais do que óbvio que a pessoa 1, que não se largou, sabe que foi a pessoa 2 que o fez, por mera exclusão de partes. Mesmo para quem não percebe de matemática, como eu, isto não é rocket science.

5. Cuidado com a comida. A feijoada, as favas e a couve portuguesa estão entre os traficantes de peidos mais férteis da pirâmide alimentar. Aquando servidos num almoço é melhor ir para casa em veículo próprio, desacompanhado. Aquando servidos ao jantar, é imperativo cumprir o próximo ponto:

6. Evite a típica brincadeira de se largar no interior dos lençóis com a sua esposa ou namorada lá dentro. Evite também abanar os lençóis à posteriori para propagar o cheiro. Só você é que acha piada. A sério.

7. Lembre-se que nem sempre está a salvo no WC. Aquelas casas de banho abertas no tecto ou no chão não são à prova de som. Pelo contrário, amplificam e ecoam tudo o que você faz. Lembre-se disso quando partilhar os lavabos com colegas e chefes.

8. Quando é inevitável deixar sair um de pantufas, rodeie-se de várias pessoas para que a culpa possa dividir-se irmamente. Felizmente o cheiro não é pessoal e intransmissível, pelo que pode alegar que foi alguém que não você, sem ter de particularizar. Em última instância pode sempre acusar o cão, o esgoto e/ou as emanações da fábrica de papel a 67km de distância.

E é isto. Penso que vamos todos viver melhor a partir de agora.
Atenciosamente,
Bumba.
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4 Comentários Add yours

  1. C diz:

    Só um reparo: é análise SWOT 😉 (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats)

    1. Bem apontado!! Obrigada 🙂

  2. Josélito diz:

    puuueeettt!!! larguei-me em chinelas de quarto ao ler esta cena!!! uau!!! já agora, uma de judeus, velhinha pra caramba: dois judeus a subir a Calçada da Estrela, um larga-se com alguma sonoridade, comenta-lhe o outro: “Isaac, deste um pum…”, ao que lhe responde o Saúl, “dei, não!!! deixei cair…”

  3. Joana diz:

    Já chorei a rir e já enviei ao meu homem que protesta sempre contra o facto de não ter liberdade nesta área cá em casa. Bom demais este post.

    http://the-new-life-of-jo.blogspot.com.au/

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