1. Nomes demasiado compridos. Aquele ridículo momento em que o coro tem de encafuar as palavras naquela parte do “para o meeenino…”. Se o menino tem o azar de se chamar Luís Miguel Maria já não cabe na melodia, por isso faz-se uma fusão – “….para o meeenino Lumimaria” – nome de mafioso boliviano, estiloso até – uma salva de palmas!“. Não tenho dúvidas de que foi assim que surgiram nomes como Maribel ou Felisberto, e foram ficando.
2. Alcunhas. Mais um aspecto que imbeciliza o momento “para o meeeniino…..” – e uns dizem Luís Miguel, outros dizem Lumi, outros dizem Grande Lulas, e é alto fail colectivo.
3. Aqueles tios afastados que ainda acham que os nossos primos têm 8 anos e destapam o truque de “roubar o nariz”. E eles, coitados, que na realidade têm 15 anos, acne e uma enorme ressaca naquele dia, têm de fingir que acham realmente engraçado terem de resgatar o seu nariz de volta. Em vez de dizerem aquilo que realmente lhes apetece, vulgo “Ó MEU GANDA JARRETA, EU SEMPRE SOUBE QUE ISSO É O TEU POLEGAR C#R&LHO.”
4. Velas que reacendem, outra e outra vez depois de se soprar. Achamos que o tormento das palmas acabou mas não, toma lá 345 encores e sopra, sopra, sopra de tal forma que no fim o bolo de anos tem uma autêntica varicela de cuspe e já ninguém quer comer, tantos são os perdigotos a forrar a cobertura like diamonds in the sky.
5. Aquela criança que rouba a atenção ao aniversariante porque tem de ser ela a soprar a vela. E depois o irmão fica ciumento, e toca de cantar outra vez para ele. E assim sucessivamente com todos os menores de 5 anos. E, mais uma vez, somos obrigados a assistir de forma impotente enquanto a superfície do bolo é forrada com saliva alheia.
6. Ter de morder a vela e ficar com cera nos molares até 3 semanas depois.
7. As variações da canção de parabéns, com a mesma melodia adaptada a uma letra babosa. “Obrigada amiguinhos, do fundo do coração…” e o refluxo do almoço faz uma visita cá acima.
8. Aquele palerma lá atrás que tem medo que a rolha do champanhe acerte nele. E dá indicações autoritárias – “aponta para ali! Não, para ali!”. Só por ser cretino, merecia levar com ela.
9. Aquele outro palerma que grita lá atrás “Discurso! Discurso!”. A rolha do champanhe também pode acertar nele.
10. O ainda mais palerma aniversariante que diz “curso!!” a seguir, essa épica e hilariante punchline – pena que não haja rolhas para todos.
11. Quando o aniversariante deixa de se fazer de difícil e finalmente consegue silêncio para fazer o discurso, e há sempre a ideia imbecil de o atropelar com aplausos e vivas logo na primeira frase. À segunda tentativa já é só um cretino a interromper, mas não resiste a fazê-lo 3, 4, 5 vezes até todos quererem espetar-lhe um uppercut.
Para todos os que tiverem a passar por isto hoje, um sincero abraço. E parabéns, já agora.
1 única coisa que aborrece um aniversário: o cantar dos parabéns.
Ahah lindo!! 🙂
Pena que não haja rolhas para todos, mesmo!