Sinto que sofro de uma espécie de Síndrome de Tourette mas com lágrimas em vez de palavrões. Descobri que choro em ocasiões profundamente inusitadas. Quando nada nem ninguém faria prever.
Não sei explicar como, nem porquê, mas aqui vai: eu comovo-me com o Masterchef.
Há algo naquele programa, entre os refogados e as bavaroises, que me deixa num turbilhão de emoções.
Ou é porque a mãe solteira precisa mesmo do avental, ou é porque o ex-soldado descasca super-rápido só com 7 dedos, ou é porque o Gordon Ramsay consegue ser um fofinho às vezes.
O Carlos Capote nunca me fez chorar. Isto de ser carpideira é de agora. Não percebo. Sou um rochedo à prova de gatinhos abandonados e Nicholas Sparks, mas ponham-me os castings do Masterchef e é sabido que varro uma caixa de Kleenex. Ainda a cebola não está loirinha e já tenho o queixo a tremer.
No empratamento já ninguém me faz parar de soluçar, apre.