É preciso ser-se muito espirituoso, ou eventualmente muito atrasado mental, para considerar humorístico o facto de ela ter feito a mastectomia… ela que tinha uma prateleira tão boa, ela que tinha um par de balões que sim senhor, ela que era um sex symbol no decote. Estas ironias da vida acabam por ter graça, não é?
É que realmente é divertido pensar na decisão f*dida que subjaz a cortar os dois bocados de nós que, em carne e em alma – e só isto já tem piada – nos identificam como mulheres.
Ainda é mais engraçado concluir que fez aquilo tudo por causa do cancro, aquela divertida doença de trazer por casa que de uma forma ou de outra, com familiares mais ou menos próximos, já nos proporcionou gargalhadas valentes em várias ocasiões, principalmente em hospitais, cuidados paliativos e velórios. De chorar a rir. Não sei como não acho graça, sempre fui uma pessoa cheia de humor.