1. DESCULPA A CURTO PRAZO – “Claro, ficamos então de averiguar a situação no sentido de confirmar se há alocação de recursos com a intenção de identificar o problema que parece estar na origem da impossibilidade de verificar a situação, pelo menos hoje”.
Oi? Alguém percebeu? Justamente.
2. DESCULPA A MÉDIO PRAZO – “Pois, mas isso não depende de nós / Não somos nós que decidimos / Isso é com eles“. “Eles“, aquele super-herói das hierarquias cujo talento é não ser de carne e osso, não ter cara, e-mail ou número de telefone acessível. “Eles” veste licra e nunca foi visto a olho nu entre os mortais. É a ele que os patrões acodem para delegar berbicachos impossíveis de resolver. “Eles” desfere um rotativo no berbicacho, e o berbicacho é enviado para lá da estratosfera, para o limbo dos berbicachos irresolutos. Aí permanece, até ao patrão estar a salvo de qualquer responsabilidade.
De mês a mês, “Eles” envia uma mensagem à Terra que varia entre “Estamos a trabalhar nisso” ou “Vamos ver o que podemos fazer” e é nesta poderosa hipnose que mantém os trabalhadores sem resposta até ao fim da eternidade.
3. DESCULPA A LONGO PRAZO -“É a crise.”
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